Esses dias indo pra Estação de Trem, olhei para a direita e algo chamou-me a atenção. Observei na 25th Street as quatro janelas de um bar; cada uma com uma foto de um Beatle. No mesmo instante, afirmei que aquele era um lugar que eu precisava conhecer.
Na semana seguinte saímos para jantar no Mac Cools. Trata-se de um bar/restaurante irlandês agradabilíssimo.
Era uma quarta-feira, dia de música irlandesa ao vivo. Três alunos, um violino, duas flautas e uma professora. A música era envolvente e teve até demonstração de dança por parte da Louise e Lucas.
O restaurante nos convidou a ir embora (em dia de semana tudo fecha cedo) e eis que surgiu a oportunidade de finalizar a noite no Bar dos Beatles.
Eu, Gabe e Rodrigo (outro intercambista brasileiro) entramos e nos deparamos com uma escada de carpete verde. Nas paredes não havia uma brecha sequer. A emoção foi crescendo a cada degrau.
O salão subterrâneo estava fechado, mas pelas frestas da grade pude ver de relance as milhares de fotos, cartazes, objetos e detalhes que retratavam o fanatismo do proprietário do bar pelo quarteto.
O bar inteiro era abarrotado de tudo que pudesse fazer referência aos reis do iê-iê: vinis, capas de tudo quanto é CD, filmes ou reportagens.
Tinha desde canetas, adesivos, notas de dinheiro (comemorativas) a até uma guitarra autografada pelo Paul. Dá pra imaginar a felicidade de uma beatlemaníaca?
Quem me conhece sabe o tamanho do sorriso que eu exibia ao olhar cada foto, disco ou sei lá o que. Vocês conseguem imaginar a cara que fiz ao ler as indicação dos banheiros feminino (Yoko) e masculino (John)? Simplesmente genial!
Experimentamos uma bebida chamada Long Island. Sabor uva, por favor. Delicioso. Registrei através de milhares de fotos o sonho de consumo que tornou minha noite memorável. Na saída, uma pergunta que deixou no ar uma grande esperança: o salão debaixo está disponível para festas. Em fevereiro já sabemos onde comemorar os meus 22 anos.