terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Relatório completo: Basketball Game, aula de Ski e filme de terror!

Quarta-feira (11/01)

Depois do passeio no Temple Square fomos almoçar.   

Almoçamos no Simply Sushi (http://www.simplysushi.us/) – custa U$ 14,95 por pessoa e o almoço se chama all you can eat (dá pra imaginar o quanto a gente comeu, né?). Os meus delírios foram pelos Spicy Cab Hand Roll, Octupus Nigiri, Shrimp Nigiri, Spicy Tuna Hand Roll, Rangoon Roll, Salmon em todas as suas versões e, é claro, o Philly Long Roll (famoso e querido Filadélfia).

Depois, passamos no Gateway Mall e definitivamente cheguei a uma conclusão: não posso entrar em shopping aqui. É só eu pisar e ver a palavra SALE que meu coração dispara (licença poética). Vasculho, pesquiso, experimento. Com U$ 20,00 levei para casa uma bolsa, dois vestidos e uma saia. Realmente, Giu, a PAC SUN é a melhor loja de roupas dos Estados Unidos.





JOGO DE BASQUETE NBA - Los Angeles Lakers vs. Utah Jazz

Na entrada entreguei meu cartão de crédito ao porteiro que tinha uma máquina em mãos. Ele passou o cartão e disse que eu tinha comprado três ingressos. Confirmei. Ele imprimiu na pequena máquina (parecida as de cartão de crédito do Brasil) os três tickets e neles estavam todas as informações. Por que as coisas aqui são tão simples e práticas?

Dentro do ginásio haviam diversos restaurantes, bares e quiosques. Algodão doce azul e rosa. Tacos para todos os lados. Hot Dog e Coca-Cola bem ao estilo americano. O Hot Dog é aquele pão e salsicha, numa caixinha branca. SOMENTE isso. Molho, milho, frango, bacon, ketchup? Nada disso! E a Coca-Cola é enorme, óbvio. 
Precisamos definitivamente mostrar o Josias para eles, certo Betz?






Fomos caminhando e observando tudo como pequenas crianças num parque de diversões. Observei que as torcidas ficam juntas. As crianças sorriam de mãos dadas com seus pais e os fanáticos cumprimentavam os colegas adversários com apertos de mãos. Bandeiras, mãos de espumas e camisetas enormes: todos pareciam estar bem entusiasmados.  

Fomos para nossos lugares na sessão 139, fila 16. Sim, o ginásio é enorme. Cabem 19 000 pessoas (e aquilo ficou lotado, não sei como). O jogo possui 4 tempos de 12 minutos. Em cada intervalo havia apresentações das cheerleaders, dançarinos de breaks, do mascote da casa (Jazz), moto, sorteios, balões, jogo de bolas com camas elásticas. Fiquei impressionada com a criatividade da equipe. A torcida vibrava e dormir seria impossível (pois é, eu tentei...Vocês me conhecem e eu estava cansada). 


Quando o Lakers avançava o ginásio todo (literalmente) gritava: DE-FENSE! Se o time da casa fazia pontos, a gritaria era ensurdecedora. Se os adversários acertavam a cesta; "uuuuh" sem vergonha nenhuma!

No começo eu estava imparcial. Só queria ver o jogo. A Gabe e a Louise entraram no clima da cidade e quase me deixaram surda na tentativa de ajudar o Jazz. Não sabia que a Gabe era tão fã de esportes, ouçam no vídeo as duas conversando (a Gabriela xingou em todas as línguas que sabia falar). E a Louise sabia tudo das regras e me ajudava a entender quando o juiz apitava e parava tudo. 


No fim, foi inevitável não torcer pro Jazz. A emoção era tão, mas tão grande. Faltavam cinco minutos para o fim do jogo e a torcida já nem queria mais ficar sentada. As mãos pro alto e o barulho era ainda maior. Lakers na frente por dois pontos. Quando faltava menos de 1 minuto, Jazz virou e ganhou vantagem de 1 ponto. Nos segundos finais houve empate.


Abriu-se um 5º tempo de cinco minutos. A agonia era enorme; faltava pouco para muito acontecer. Jazz abriu 2 pontos. Lakers empatou. No fim, não teve jeito: LA levou a melhor. Lakers com 90 pontos e Jazz com 87. Finalmente voltamos a respirar. Haja fôlego e emoção, Galvão! 






Jamil, queria muito que você tivesse visto isso. Você iria adorar. 
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Quinta-feira (12/01) - Ski, um sucesso!

Para a surpresa da nação americana e, principalmente, brasileira, meu dia de esqui foi MA-RA-VI-LHO-SO. Não cai nenhuma vez sequer. Mas nenhuma. Tá bom. Teve uma coisa que aconteceu... Foi assim:

Eu coloquei o equipamento e nem sabia ainda como funcionava aquela parafernália. Estava ouvindo as orientações do instrutor e senti que seu rosto estava lentamente se afastando dos meus olhos. Era como se eu estivesse deslizando de costas. Mas como? Eu pensei que estava numa área plana. Não, Letícia. Era uma descida que eu, sem querer, desbravava com as minhas costas. Meus dedos tentavam paralisar aquele monte de ignorância, mas só fui parar no pé do morro sob os olhares de 45 crianças. Não foi bem um tombo. Foi pior. Foi um acesso de burrice que a gente acha que só acontece nos filmes. Mas acontece na vida real, sim. E infelizmente não existem dublês nesses casos.

Fizemos um único treino sobre a tarefa de como-parar-no-meio-da-montanha. A lição mais importante, eu diria. Descer (esquiar) a montanha eu descobri que não é uma façanha. É fácil demais. O problema de esquiar é quando você está deslizando em alta velocidade e pensa: “Como eu paro?”.    

A regra é: para esquiar e ganhar velocidade as penas e esquis devem ficar french fries (ou número 11). Em termos técnicos e maduros, os esquis devem ficar paralelos. Pernas flexionadas, always. Joelho sempre salientes e à frente. A perna deve encostar a língua da bota. Para impulsionar podem-se usar os poles que são aqueles bastões que ficam nas mãos.


Agora muita atenção.


Se você quer PARAR sua aventura sobre os esquis, você precisa fechar a ponta dos esquis e abrir a parte de trás. A brincadeira é que se formará uma pizza com seus esquis. É preciso ter controle e noção de atrito do equipamento sobre o gelo, fazer uso do metal que fica na borda do esqui e levemente inseri-lo dentro da neve garantem uma fricção essencial para uma parada segura e equilibrada.
As curvas para direita e esquerda também são maneiras de pausar e diminuir a velocidade.

Pronto, esquiar é isso.

O instrutor me pediu para ir por primeiro e ser a cobaia da turma. A tarefa: uma curva pra direita e uma para a esquerda; no fim uma parada sutil. Rezei e dei o primeiro impulso. Pressão na perna direita, olhos voltados pra esquerda. É muito importante você saber conectar seu corpo (quadris) com a cabeça. A cabeça e seus olhos devem sempre estar voltados para onde você quer ir. Jamais olhar para os pés ou para trás (distrações podem ser perigosas). De maneira instintiva todo o seu corpo vai virando para a esquerda e aquela perna mais firme no chão (a direita) faz uma pequena abertura na direção da curva que desejamos efetuar. Se você friccionar e forçar o atrito do metal com o gelo, não haverá erros: você vai parar (sempre em paralelo com a montanha, pra evitar deslizes involuntários).



Soltei a respiração. Voilá. Fiz perfeitamente na primeira tentativa. O instrutor parabenizou-me e disse: “Get out of here, you can go alone now”. Ok, se ele diz que eu posso…  

Desci a Little Cat uma vez. Sobrevivi. Desci duas, três. Num certo momento estava parada olhando para as meninas que estavam comigo e tentando ajudá-las. Meu olhar estava para frente, mas o olhar da menina que vinha atrás não foi rápido o bastante pra desviar de mim. Colidimos. Cai. Mas não admito que essa queda deva entrar na contagem. A culpa foi dela, estou invicta. Montanha, me aguarde! Semana que vem tem muito mais!

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Sexta-feira (13/11) - Frozen


Depois do trabalho fomos num restaurante Chinês/Tailandês; éramos em muitos e a comida demorou séculos pra ficar pronta. Mas valeu a pena.



Depois disso viemos para casa para uma sessão cinema. Andrea fez o download do filme Frozen. Já que a noite era sexta-feira 13, o plano era assistirmos um filme de terror. 

O filme é péssimo, mas recomendo que vocês vejam pelo seguinte motivo: ele foi inteiramente gravado na Snowbasin, estação de esqui que eu trabalho! O restaurante que eles jantam, o lift, as montanhas: tudo é como eu vejo daqui. O filme foi gravado em 2009 (não é tão antigo). Os atores não são grande coisa e o enredo deixa a desejar (já vou adiantar que o final é decepcionante). 
Mas assistam, a paisagem é linda e o ski/snowboard é interessante.