Snowboard é IRADO. Mas como dói...
Chegamos à Snowbasin às 10:00am e perdemos a aula da manhã. Deixei minha bolsa no vestiário dos funcionários e fui pro Childrens Ski School. Lá nós precisamos fazer nossa "inscrição" para a aula. Feito isso temos que ir ao Ski Rental e preencher um cadastro no computador.
Aqui nos Estados Unidos tudo é mais fácil e inteligente. No cadastro coloquei meu peso (100 Lb), minha altura (4.8 ft), calçado número 2 e demais itens. De lá passamos no balcão onde todas essas informações eram impressas e eu poderia retirar a bota de snowboard e a prancha compatíveis ao meu tamanho; sem nem abrir a boca ou explicar nada. Muito simples e prático.
Fomos ao pé da montanha (mais fácil) porque iríamos passar o período da manhã só treinando. Treinamos detalhes simples (porém necessários) como andar com um pé preso e o outro não. Descobrimos qual a perna de apoio e praticamos a difícil tarefa de descer sem atropelar ninguém. Almoçamos, participei da reunião da Direx da FEJEPAR e à 1:00pm começou nossa aula.
Stuie, nosso instrutor, não era muito bom em explicações. Para tudo que fazíamos, certo ou não, dizia "good job". Comecei a desconfiar da criticidade dele quando cai e ele disse: "muy bueno". Primeiro: sou brasileira e falo português. Segundo: eu cai de bunda! O que tem de bueno nisso?
Porém, acho que entendi o que ele queria dizer no fim do dia. Aquele primeiro tombo foi lindo perto dos outros que tive na Little Cat Mountain. MEU DEUS, como minha bunda dói. Meus braços e minhas costas também.
No meio da neve não sentimos frio (ainda mais eu que estava de meia-calça, blusinha segunda pele, blusa de lã, cachecol, gorro, goggles, luva e casaco). Aliás, comprei um macacão, Giu. Segui seu conselho. Muito melhor e mais barato (roupa infantil tem suas vantagens).
A lição de hoje era aprender a fazer curvas e frear. Acredite, é MUITO DIFÍCIL. É como andar de skate, porém numa super descida. A velocidade cresce e o desespero domina.
Aquela história de freiar com o calcanhar ou com a ponta dos pés não funcionou nas primeiras tentativas. A única coisa que sentia era o gelo na bunda. E que gelado!
Aquela história de freiar com o calcanhar ou com a ponta dos pés não funcionou nas primeiras tentativas. A única coisa que sentia era o gelo na bunda. E que gelado!
Mas adorei. Emagreci muito mais do que se tivesse feito horas de academia. Ri mais do que num show de Stand Up. E tudo, o corpo todo, dói. Mas sei que isso é começo. Quinta quero praticar esqui. Boatos fortes que é mais fácil. Mas os tombos serão constantes, sei disso.
Um detalhe muito importante é que para chegarmos ao topo da montanha temos lifts. Andamos de graça e o passeio tem até uma certa emoção. É preciso ficar a posto, se preparar e enquanto a “cadeira” vem vindo, você senta nela (e a cadeira não para, continua em movimento). Ao fim do passeio, mesma coisa; você precisa sair da “cadeira” esquiando já. Irado, porém difícil. Gritos e tombos é claro que foram repetitivos e normais.
O mais engraçado é que não tenho medo algum. Vou mesmo. Em nenhum momento pensei: preciso freiar, porque é perigoso. Normalmente era porque ia cair numa "valeta" ou bater em alguém. Só por isso. Adorei deslizar com alta velocidade. É muito gostoso descer. Muito mais fácil que Sandboard. Muito mais divertido que skate.
Quero voltar pro Brasil pró nesse negócio. Tenho mais 2 meses para aprimorar. Quem aposta no meu talento sobre a neve?
Alguém? haha!
Alguém? haha!