quinta-feira, 8 de março de 2012

Adeus, Ogden!

Despedidas

Depois de 3 meses de trabalho, moradia no Park Avenue, muitas noites na vizinhança, jantares, festas, dores nas pernas, lavanderias, limpezas e cozinha chegamos ao fim de uma etapa com muitas lembranças na mala e muitas amizades no coração. Houve lágrimas com muitos dias de antecedência e o abraço de saudade ficou pendurado numa certeza: a gente ainda vai se encontrar nessa vida.


Bar Iggys

Chamei alguns amigos e pessoas que vejo todo o dia de trabalho para irmos jantar num bar/restaurante. No fim, acabou indo apenas eu e mais umas 15 pessoas. Uns queridos. Amei a presença de cada um. Conversas, planos, perguntas e pedidos: por que você não fica aqui pra sempre? Metade de mim até que gostaria. A outra metade precisa voltar.

Último dia de trabalho no Earls Lodge - 03/03

Andei pelas mesas com passos lentos e o olhar vago - fingindo que estava trabalhando com os pensamentos bem longe. Estava me perguntando quem seriam os próximos intercambistas a visitarem aquele salão. Quais seriam os novos clientes. Será que todos percebem a coincidência e maravilha que foi nosso encontro aqui nesse país? O exato momento, o exato lugar, as mesmas essências e personalidades que nos colocaram diante das mesmas circunstâncias e por isso, adquirimos algo em comum? Seja uma amizade, uma admiração, uma saudade de convívio diário; todos ficaram registrados. Ainda mais para mim que trabalhei nos 3 lodges e conheci todos um pouco. Vou sentir muitas saudades das cantorias do Cameron e da sua sopa de batata. Saudades dos abraços e brincadeiras do Scott. Até o Chef Eric veio dar seu tchau discreto. Saudades do Jordan me chamando de "too short". Adorei ver a Sierra no JP no último dia. Os abraços apertados valem mais que qualquer presente físico. Alguns não tive a chance de ver. Mas todos sabem o quanto eu gostava de cada um. 

Último dia mesmo - 05/03

Mas tiveram dores. Despedir-se dos mais próximos foi ruim. Disse tchau para alguns no domingo à noite porque sabia que não nos veríamos na segunda-feira mais. Abracei a Dea, mas ela resistia dizendo que aquilo era muito triste. Apenas 5 minutinhos deitada na sua cama para não esquecer jamais do seu rosto. Um beijo e nos vemos na sua formatura. No outro dia acordei com a Ivy chorando ao meu lado. Não dava pra acreditar que aqueles eram nossos últimos minutos. Atordoada pelo sono abracei minhas duas queridas filipinas. Era de verdade esse adeus? Isso é temporário, minhas queridas. Logo nós vamos nos ver; pink promess. Deixei com a Angela minha bandeira do Brasil - é de estimação e preciso dela na próxima Copa do Mundo. Agora temos um pacto: em 2014 sei que ela (Angela) vai estar lá. Combinei passar meu último dia com o Veg e ele me ajudou com a correria de mercado, banco e a missão de colocar tudo dentro das malas. Li o cartão dele somente em San Diego. I’ll miss you too, silly! Com ele ficou bem seguro minha último caderno onde tem registradas todas as minhas informações. O mais breve possível preciso dele, Veg. Com esses pequenos artifícios criei uma segurança para acalmar a saudade. Sei que vamos todos nos achar por esse mundo. Tentei escrever para todos segundos antes de sair do apartamento. Deixei alguns cartões debaixo da porta. Outros eu terminei no carro, no caminho para a rodoviária. Espero que ninguém esqueça o quanto amo cada um. O Lucas foi o mais chorão, mas até que ele tem razão. Aproximamo-nos muitos; os brasileiros têm a sua força. Com certeza vou voltar para o Brasil cheia de gírias e sacolejos que aprendi com ele. E vou escrever sempre para você, querido! As argentinas me dá vontade de carregar dentro da mala de viagem. Amei de coração cada uma. A Manu almoçou conosco na segunda, nossos últimos minutos juntas. Se Deus quiser dia 15 elas vêm para Califórnia! Estou esperando aqui também a Gabi e o Gui, o casal mais engraçado da América. E boatos fortes que a Alejandra, Jair e o Nicolau também estão vindo! Vai ser uma festa enorme quando todos estiverem aqui. Estou ansiosa e com saudades para matar já.




Mas do outro lado da moeda, estão meus queridos residentes de Curitiba. Vocês já pararam para pensar que faltam cerca de 10 dias para nos vermos. Meu coração está louco e eu não paro de pensar em vocês. Vai ser LINDO nosso reencontro. Podem apostar! 

Curtas 4

Smiths

Nem todos os mercados são assim, mas sei que aqui nos EUA existem alguns. Não há operadores e você, consumidor honesto, é quem passa suas compras no leitor de código de barras. Fiquei muito emocionada e pedi para o Veg filmar. Você faz o pagamento e sai com as sacolas porta fora. Pra quem já está acostumado o procedimento é muito rápido. Eu me enrolei toda, perguntei e fiz errado. É claro que alguém veio verificar qual era o problema (eu) daquele caixa.

Ski – a conclusão final

No Ski eu havia sentido mais facilidade e por isso, mais segurança. Combinei com o Veg de irmos esquiar e pedi para tentarmos algo mais emocionante: queria descer do Needles. Esse trajeto fica na metade da montanha, mas tem seus níveis de dificuldade. Para mim foi um desafio intenso. As descidas eram absurdamente inclinadas. Teve momentos que sentei, chorei e fui escorregando de bunda. Mas o que eu mais fiz naquela tentativa frustrada de esquiar foi cair. O que eu economizei de tombo na primeira aula, investi em dobro naquele dia. E não foram simples tropeços ou escorregões. Eram piruetas sinistras. Numa delas fui de frente com um paredão de neve. Bati com o pole na minha própria barriga e cai de costas após uma cambalhota morro acima. Em outra descida, ganhei muita muita velocidade, fiquei com medo e tentei sentar para parar. Passei por cima de tudo e todos. Depois, havia um trecho de curva sinuosa E AINDA POR CIMA estreita; adivinha? Quase morri. Por fim, o melhor de todos. Queria parar e não sabia como. Pensei: vou virar em direção ao morro e tentar subir, assim perco velocidade e irei parar. Resumindo: a velocidade era tão grande que subi o morro todo, parei no meio das árvores com os esquis enroscados nos galhos. Não conseguia me mover ou sair. Muitos pararam para observar aquela cena pouco comum e o meu digníssimo amigo Veg ficou tirando fotos enquanto eu gritava por socorro.



Aerospace

Cheio de sucatas e história o museu contempla toda a história americana nas guerras e combates das forças aéreas. Eu, apaixonada pela história da II Guerra Mundial, surtei diante das gigantescas aves metálicas.









Dinossaur Park

O público alvo do parque são as crianças e pessoas sorridentes como a Letícia. Com a máquina na mão corri feito boba entre as réplicas dos predadores pré-históricos. Havia desde fósseis até montagem dos Flintstones. Adorei e fiquei impressionada com a o tamanho do Tiranossauro Rex.