Apesar de bussering significar limpar, higienizar e organizar as mesas do restaurante existem outras competências subentendidas e pouco esclarecidas. Ao longo dos dias vamos descobrindo que na ausência de ketchup no estoque, quem deve correr atrás da reposição desse molho somos nós. Isso quando alguém não grita que o gelo acabou e você para pela primeira vez para pensar junto ao cliente: e da onde vem o gelo que sai dessa máquina?
No Ear’s Lodge já tenho minha rotina. Chego à estação, bato ponto e vou pro vestiário. Perco uns 4 minutos do meu dia tentando abrir o cadeado de senha (aqueles que têm que girar pra lá, um pouco pra cá e são impossíveis de abrir), coloco minha gravata pink, tag name, kronos card e começo meu dia.
Na cozinha do Ear’s é preciso deixar preparado uma solução de limpeza para os talheres que fica ao lado da máquina dishwasher e outro balde com um produto químico para limpeza sanitária. É preciso repor copos, guardanapos, talheres, tampinhas, canudos (tanto na área interna como externa). Repor gelo foi uma descoberta fria e polir talheres algo que se tornou detestável.
A rotina depende da movimentação dos clientes. Em horário de almoço as pernas não param um único instante, correndo de lá pra cá trazendo pratos, bandejas, copos e farelos.
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Sofia e Gabe no caixa. |
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Ivy na cozinha. |
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Na cozinha com a Sofia. |
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Sachês de todos os tipos. |
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Brasileiros e Filipina. |
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Angela cozinhando. |
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Scott, Chef da cozinha. E o mais alto. |
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Hora do almoço. |
Nos horários de menor pico varia: limpar mesas, passar aspirador, dobrar guardanapos, repor estoques de condimentos, usar o famoso (e pesado) mop (igualzinho ao dos marinheiros), alinhar as mesas, organizar perfeitamente as cadeiras segundo a estampa e quantidade certa. Além disso, organizamos o pedido de almoços das crianças do SkiSchool e DayCare. Adoro passear por lá e ver aquelas coisas minúsculas cheias de blusinhas de lã.
Nos dias em que ficamos para fechar o restaurante precisamos puxar tudo pra perto dos caixas, cobrir, preencher lacunas e esvaziar tonéis. Limpamos o chão que sujamos ao longo do dia. Tiramos os lixos para fora e saímos com um cansaço imenso, porém algo chamado paycheck nos mantém firmes no trabalho. Pegamos a van de volta pra casa e quando não durmo tiro milhares de fotos (são cerca de 45 minutos o trajeto).
Quando chego ao Park Avenue, rumo direto ao chuveiro quente e com direito a banho de banheira. As pernas agradecem. E a vizinha
que espere.
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Gazi (Turquia) e eu na Snowbasin |
Um comentário:
É meu bem nem tudo é flores!
É preciso por a mão na massa também!
Já disse que adoro o modo como vc escreve?!?!
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