terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Curtas 2

Wedding nos EUA

Não casei. Antes que qualquer pessoa ache isso. Mas fui a um casamento. Roupa preta, gravata amarela, sapatilha. Não era convidada; apenas uma simples funcionária. Mas e daí?
A noiva era uma pessoa meio chata que estava pela quinta vez ao altar. Poucos convidados e um curtíssimo tempo de preparação. O casório foi no Needles, pois a noiva caprichosa queria seus convidados andando de gôndola na Estação de Esqui. Rico é outra coisa, né? Chatos. Subi correndo para o restaurante, puxa cadeira, mesas, toalhas, talheres, guardanapos. Tudo pronto a tempo, graças ao super atraso da noiva. Ela entrou, a cerimônia durou 5 minutos e os noivos se beijaram. Até parece que o casamento em si era o menos importante. Todos sentaram e o jantar foi servido. O melhor de tudo era o bolinho de salmão. O Lucas que o diga porque só ele comeu uns 9 após o buffet.

Logo após a comida servirmos o champagne que brindou o amor dos noivos – apenas um Veuve Clicquot que custa cerca de U$430 cada garrafa. Sobraram muitas taças que joguei fora em direção ao ralo da pia. Ai que dó. Mas a Louise provou, sem saber que era proibido!

Limpamos as mesas, organizamos a cozinha e a noiva disse que poderíamos cortar o bolo. A mestre de cerimônias deu início ao desafio. Eram três andares e cada um tinha uma cor; por fora uma cobertura branca além de diversas fitas e flores enfeitavam a massa de farinha. Detalhes em bisqui bem arquitetados e empilhados faziam toda a graça, mas é claro que foram quebrados para se poder cortar as fatias.
Eu, que estava na minha função de busser ouvi a noiva me chamar e perguntar: “Where’s my cake?” Pensei que era piada e disse o óbvio: “You asked Kim to CUT the cake for the guests, alright?” Ela arregalou os olhos e gritou comigo; as fotos do bolo ainda não haviam sido tiradas. Joguei a bandeja para o lado e corri em direção à cozinha. Já tinha visto os enfeites no lixo e os pedaços do bisqui na mesa. Sabia que a noiva não era fácil. E não foi. Ela começou a chorar e todas as damas a circundavam tentando acalmá-la. Na cozinha o James dizia: “Shit!” e outros palavrões que não aprendi. O pessoal fez o melhor que pode na reconstrução do bolo, que por questão de segundos ainda não havia sido perfurado. A noiva tirou a foto com a cara toda borrada. Eu não tive pena, queria mesmo era kick her out.

DEW TOUR – competições na neve

Pessoas de vários estados vieram para participar ou assistir. A Estação teve mais movimento do que no Natal e todos os lodges estavam funcionando. Repórteres, atletas, crianças, famílias e muitos jovens. Uma área enorme com várias barracas e distribuição de brindes. Barraca de cerveja, BBQ e muitas tips. Assim foi a Dew Tour em nossa rotina laboral. Entre os dias 09 a 12 de fevereiro, em sua terceira edição, o evento teve como maior patrocinador o Mountain Dew. Um refrigerante cítrico da Pepsi que teve uma pequena repercussão no Brasil em 2002 e por isso o produto foi adaptado em nosso país para a Pespi Twist. Aqui nos EUA até que é famoso. Lembra bastante o Schweppes. Mas os jovens americanos bebem puro.





A semana foi bem agitada e com pouco tempo de folga. Teve dia que fechei dois lodges diferentes e quase desmaiei de tanto cansaço. Em outro dia, trabalhei na barraca de cerveja com a Manuela e fizemos juntas quase 200 dólares de tips. Além de o trabalho ser diferente, comunicativo e dinâmico, a máquina de cerveja era muito legal. A cerveja era servida pela parte debaixo do copo. Era tudo automático e sem espuma. Dá pra crer nisso? Budweiser, seu lindo. Veja o vídeo e vê se entende! Todos os clientes perguntavam como funcionava aquilo e eu dizia: “This is magic!”.









No último dia do campeonato fiquei no Old Day Logde (restaurante que aparece no filme Frozen). Atendi apenas aos repórteres e atletas. Fazia café e ficava atrás do balcão sorrindo – os pratos, talheres, copos eram todos descartáveis; eles jogavam tudo no lixo e eu só tinha o trabalho de recolher a pilha de bandejas no final do expediente.  
O winner do campeonato foi um garoto de 16 anos. Boatos que ele levou para casa muito dinheiro. Queria essa vida fácil também, hein? Ah se eu fosse boa no Snowboard...




4 comentários:

Matheus Hella disse...

Que tesão a máquina de cerveja!

Mas os russos devem ter inventado uma tão boa quanto por 1% do custo de fabricação...

Nakashima disse...

Quando sai o Curtas 3?
Traga um copo desses muito doidão.
Formatura tapa é nóis?

Mari disse...

aff... não é a toa q as pessoas são gordas... com tantas coisas gostosas pra comer!!!
si cuide heim dona leticia...

aaaah os pinguins, eu quero tb!!!

e cerveja sem espuma... huuuuum, que deliciaa...

aaah e que noiva chata mesmo heim...

adorei os posts... te amoo...
bjoo

Veridiani disse...

Meio que fiquei com dó na noiva, sério..
Eu adoreeei a esquema da cerveja, vou abrir um negócio igual aqui no Brasil, fato!