quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Resumão.

As informações estão bagunçadas. Devido ao trabalho e cansaço, não consigo mais postar todo dia. Vou fazer um resumão de tudo!

Fomos ao WalMart esses dias e fiz a FESTA. Comprei cortininha pro chuveiro (vou mudar de apartamento e morar com a Lorena, que acabou de chegar do Peru), toalhas, tapete, cabide, caixas, sapateira, saboneteira e coisas do gênero. Tudo rosa com bolinha: a coisa mais lindinha do mundo. Dá um look:




Achei também uma camisa social preta COM gravata. Infantil. Perfeita e exatamente como preciso para trabalhar. Maravilhosa e por apenas 12 dólares. Adivinha se comprei e se não serviu!?

Andamos muito (pra variar), rimos e nos divertimos. Hoje estou bem melhor. Conversei com o a Gabe depois de ter escrito aquela depressão. Fiz tanta coisa ao longo desse ano, vivo de uma maneira desenfreada que está sendo uma tortura para mim viver aqui longe de tudo, todos e não podendo fazer mil coisas simultâneas. Pela primeira vez em três anos eu estou atada a sentar e fazer uma coisa de cada vez. A ter uma só obrigação na vida: trabalhar na Estação de Esqui. Tenho meus outros interesses e compromisso e jamais vou me desligar ou falhar. Mas preciso ir com calma e aproveitar mais meu tempo aqui. Acesso diariamente meus e-mail e estou cuidando de várias funções aqui de Utah, mas tudo de uma maneira saudável e equilibrada. Quero ter tempo pra mim. A conversa com a Gabe foi muito esclarecedora. Estou muito triste comigo. Preciso melhorar minha vida acadêmica. Preciso colocar muita coisa nos eixos. Preciso me organizar de maneira certa. Preciso ter mais tempo pra viver. 

Viver... Morar... É engraçado pensar que vou viver aqui por mais de 3 meses. É um quarto do ano. São mais de 100 dias. Estamos providenciando vários itens da casa como panelas, móveis, tapetes, camas, lençol. Quem diria.  

O pessoal de Ogden não parece ter muitas práticas culturais. Semana que vem pretendo ir ao teatro ver uma peça de ballet (Quebra Nozes). Estou lendo um livro em inglês (The Lightning Thief). Quero andar muito nos brexós e lojas de usados aqui (hoje vi um sofá por 44 dólares, poltronas por 10 dólares e um TV de 52 polegadas por U$150). Achei muito estilo (e barato) esse tipo de loja que os EUA possuem de montão. Chamam de thrift store. 

Na sexta vou esquiar. Terei mil fotos e histórias pra contar. Posso esquiar na estação sem custo. Para um cliente normal custa mais de 1000 dólares um pacote de esqui pra estação inteira. Só preciso providenciar os equipamentos e a roupa adequada. 

Ontem, vejam só como a tecnologia é linda. A Giulliana me telefonou direto da França e nós ficamos uma hora no telefone proseando e matando a saudade. Foi muito bom conversar e ver que apesar de tempo ou distância aquela história de amizade verdadeira existe sim. Passa o tempo, muda o cenário, tem sentimento que nunca muda (a Mariana que o diga, né? [Hella e Nakashima, fiquem quietos, plis]).

Mas vai dizer que não é um absurdo conversar e ouvir a voz de pessoas tão longe. Obrigada, Graham Bell: você é demais! 

E por fim, a descoberta do ano: o sal daqui é cristalizado! É um intermediário entre o sal refinado e o grosso que temos no Brasil. E é muito mais salgado. Não sei qual é a maldita fonte de onde eles extraem esse composto iônico. Mas é muito mais forte do que o que nós usamos. Há três dias que eu me alimento comendo um pedaço de pão a cada garfada seguida de um copo d’água. No primeiro dia coloquei o sal mensurando pelo olhar (como toda boa cozinha faz, hahaha) e ficou salgado. Pensei: “Putz, errei na medida.” Tinha acabado de desligar o celular com o Hella, pensei que a culpa era do amor. No segundo dia, medi duas colherzinhas de café, como faço no Brasil. Também ficou salgado. Pensei: “Estou ficando LOKONA!” (vide vídeo YouTube, mais badalado aqui no Park Avenue). Ontem, quem fez o almoço foi a Gabe, que por sua vez carcou sal na comida (seguindo a quantidade normal, como faz no Brasil). Depois desses três dias eu não resisti, sentei e comecei a analisar a embalagem de sal. Pensamos juntas, eu e Gabe, que alguma coisa estava estranhamente e completamente errada. Foi ai que provamos o sal puro e constatamos o quão diferente é seu sabor. É forte e salgado, como se cada grãozinho fosse uma pedra de sal grosso. Enfim, acho que amanhã poderei aposentar a água e comer algo menos salgado.

Hoje o trabalho foi tranqüilo. Participei de um treinamento sobre como trabalhar com clientes e dados sobre a Estação de Esqui. A Snowbasin possui o mais avançado sistema computacional de controle das ferramentas. São 3 restaurantes e 1 café localizados nas montanhas. Eu trabalho no Ears Lodge. São várias dicas e recomendações sobre como se comunicar, tratar e observar os clientes. Tudo isso no meio de um grupo de pessoas de diversas idades e extremamente fluentes. Foi difícil. Mas juro que me esforço e quero aperfeiçoar muito meu inglês.

Agora que a Lorena chegou, irei tagarelar muito em inglês. Afinal, é a nossa língua em comum. Morando com a Louise e Gabriela, querendo ou não, a gente sempre se dá o luxo de conversar em português. Juro que é bem cansativo e dói o cérebro falar o dia todinho em inglês. De noite, quando volto do trabalho quero só cantar música brasileira e fofocar em português. Mas agora o cenário mudou. Vai ser bom.

Enfim. Amanhã será um grande dia. Vou acordar cedo, sair comprar roupas de esqui e mostrar a cidade pra Lorena. Depois, meio-dia vou pra estação. Vou trabalhar num evento. Parece que será grande. Muitas pessoas foram escaladas. E a previsão de volta é pra depois da meia noite. Haja pernas pra andar aquele salão o dia todo e braços pra segurar bandejas. Mas estou ansiosa. Espero que seja bem bacana.

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